sábado, 24 de maio de 2008

O cansaço que recompensa...

Confusa. Era assim que ela se sentia.
Sua vida estava agitada e calma ao mesmo tempo. Ela tinha muitas obrigações e muitos compromissos. Todos relacionados ao seu lado profissional, já o pessoal estava mais tranquilo do que nunca! Isso não a fazia feliz, não equilibrava sua vida numa forma geral! Por mais corrido que fosse o seu dia, ela queria compartilhar isso com alguém. Família, amigos, amores... mas se via sozinha. E não via uma maneira de sair disso.
Ela queria poder apertar seus horários, sair correndo (mesmo sabendo que chegaria atrasada), sentir cansaço no fim do dia. Nada disso a tornaria infeliz se tivesse alguém para está ao seu lado ou ao menos para pensar antes de dormir. Mas não! Os seus pensamentos estavam voltados para muitas outras coisas. Coisas que ela gostava, mas que não queria levar consigo para casa.
Onde estava a mulher decidida, disposta a enfrentar seus medos e a lutar pelos seus sonhos? Ela estava tentando resgatar essa "mulher"... talvez ela trouxesse a solução.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

A certeza do incerto

Só precisou de alguns instantes para enxergar o quanto a dádiva da vida era fascinante. Talvez por ser bastante incerta. Ela não via isso como um ponto negativo, não mesmo! Lembrou de quantas vezes havia programado tudo, certa de que o seu dia iria correr dentro da normalidade mas de repente o inesperado surgia!
Sentiu-se orgulhosa pois sabia que o mais importante era que mesmo assim, por mais problemas que surgissem, ela não desistia, por mais cançaso que pudesse sentir, por mais que sentisse seu corpo fraquejar, ela não se entregava. No fundo sabia que tinha que está preparada para receber e se deixar envolver pelas surpresas que estavam logo mais na frente.




" Feliz o homem que suporta a tentação. Porque depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam." (Tg 1,12)

quinta-feira, 1 de maio de 2008

A pequena companhia...

Semana cheia. Os dias estavam sendo cada vez mais corridos e ela tinha cada vez mais coisas para estudar.
A madrugada estava sendo a sua companheira na luta pelo conhecimento. Não sabia mais quantas horas de sono havia perdido entretida com seus livros e nem quantas havia dormido sobre eles.

O tempo estava sendo o seu maior rival e, para driblá-lo, mantinha todos os passos cronometrados. Mas só até aquela tarde, quando uma borboleta cruzou o seu caminho e grudou na sua blusa. Num primeiro instante sua reação foi de susto; afastou-a da roupa e seguio a caminho de casa.

Para sua surpresa a pequena borboleta continuava voando ao seu redor. Ela já havia sido seguida por alguns cachorros que vivem largados pelas ruas, por alguns gatos e uma vez até por uma vaca, quando passava as férias em uma fazenda. Mas nunca por uma borboleta!

Ao entrar no prédio ainda estava com a sua ilustre companhia mas ao subir as escadas a deixou para trás.

Tomou um banho, comeu rapidamente alguma coisa e foi para o trabalho. Voltou às 20h, tomou outro banho, bebeu um café forte e partiu para mais uma longa noite de estudos.

Ao olhar para o livro de neurologia - o escolhido da noite - a sua companheira da tarde estava lá, repousando como que a sua espera.

Sentiu uma pontada de medo por não saber como ela tinha chegado ali e para quê estava ali! Para sua sorte não era supersticiosa, então o medo logo passou e ela pôde entender a razão da presença daquele pequeno ser.

Sorriu. Arrumou a sua cama e teve a noite de sono mais bem aproveitada dos últimos dias...